quinta-feira, 18 de março de 2010

18 COM MUITO, 190. MILHÕES SE NADA!


11/03/2010 - 10h46
Revista aponta 18 brasileiros com mais de US$ 1 bi
Lista divulgada pela revista norte-americana Forbes mostra que o Brasil tem o maior número de bilionários da América Latina. De acordo com a publicação, 18 brasileiros têm patrimônio superior a R$ 1 bilhão, o dobro do segundo país latino-americano com maior número de bilionários, o México. Na lista de 2009, eram 13 os brasileiros entre os mais ricos. Juntos, os 18 brasileiros mais ricos detêm uma fortuna de US$ 84,7 bilhões.
Do ano passado pra cá, o empresário Eike Batista saltou da 61ª colocação para a 8ª na relação das maiores fortunas do mundo. O patrimônio dele é estimado em US$ 27 bilhões. Dono de empresas de mineração e petróleo, Eike é filho do ex-ministro de Minas e Energia Eliezer Batista, que também presidiu a então estatal Companhia Vale do Rio Doce durante a ditadura militar.
O empresário foi um dos investigados pela Polícia Federal na Operação Toque de Midas, deflagrada em julho de 2008 para apurar denúncia de direcionamento na licitação da Estrada de Ferro do Amapá, concedida em março de 2006 para uma empresa de Eike.
A lista dos bilionários é encabeçada pelo mexicano Carlos Slim, empresário do setor de telecomunicações, com fortuna estimada em US$ 53,5 bilhões. É a primeira vez, desde 1994, que a relação não é encabeçada por um americano. Bill Gates, fundador da Microsoft, é o segundo homem mais rico do mundo, com fortuna calculada em US$ 53 bilhões.
Dos 1.011 bilionários, 403 são norte-americanos. Há pessoas de 55 nacionalidades ao todo. China (com Hong Kong) aparece como o segundo país em número de bilionários, com 89 nomes. A Rússia vem na terceira colocação, com 62.
No ano passado, no auge da crise econômica, a relação trazia 793 pessoas com patrimônio superior a US$ 1 bilhão. A fortuna dos dez mais ricos do planeta saltou de US$ 254 bilhões para US$ 342 bilhões nesse período.
Veja a relação dos brasileiros bilionários, segundo a Forbes:
Eike Batista (MMX, MPX, OGX e LLX) - US$ 27 bilhões
Jorge Paulo Lemann (InBev) - US$ 11,5 bilhões
Joseph Safra (Banco Safra) - US$ 10 bilhões
Família Steinbruch (CSN e Vicunha) - US$ 5,5 bilhões
Marcel Telles (InBev) - US$ 5,1 bilhões
Carlos Alberto Sicupira (InBev) - US$ 4,5 bilhões
Aloysio de Andrade Faria (Grupo Alfa) - US$ 4,2 bilhões
Abílio Diniz (Pão-de-Açúcar) – US$ 3 bilhões
Antonio Ermírio de Moraes (Votorantim) - US$ 3 bilhões
Moise Safra (Banco Safra) - US$ 2,3 bilhões
Elie Horn (Imobiliária Cyrella) - US$ 2,2 bilhões
Antonio Luiz Seabra (Natura) - US$ 2,2 bilhões
Guilherme Peirão Leal (Natura) - US$ 2,1 bilhões
Rubens Ometto (Cosan) - US$ 2,1 bilhões
Liu Ming Chung (sino-brasileiro radicado em Hong Kong, da empresa de papel Nine Dragons) - US$ 1,7 bilhão
João Alves de Queiroz Filho (Hypermarcas) - US$ 1,6 bilhão
Jayme Garfinkel (Seguradora Porto Seguro) - US$ 1,2 bilhão
Julio Bozano (ex-Banco Bozano Simonsen) - US$ 1,1 bilhão
Desigualdade social
Embora seja o país da América Latina com maior número de bilionários, o Brasil é o 109º colocado no ranking mundial de exclusão social, medido pelo Índice de Exclusão Social (IES), divulgado em março do ano passado. O IES mede indicadores como pobreza, desemprego, desigualdade social, alfabetização, escolarização superior, homicídios e população infantil.

Pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organizações das Nações Unidas (ONU), que mede o desenvolvimento dos países com base na expectativa de vida, no nível educacional e na renda per capita, o Brasil é o 75º país do ranking mundial.